Grupo com mais de 60 golfinhos é avistado próximo à Ilha Anchieta, em Ubatuba
Os frequentes avistamentos de animais marinhos são um incentivo ao desenvolvimento do turismo de observação, voltado à educação ambiental
Equipe de monitoramento embarcado do Instituto Argonauta avistou nesta sexta-feira, 12, um grupo de golfinhos próximo à Ilha Anchieta. De acordo com o técnico da equipe embarcada do Instituto Argonauta, oceanógrafo Guilherme Fluckiger, o grupo de golfinhos tinha entre 65 a 70 indivíduos. “Eles foram avistados entre as ilhas Anchieta e das Couves, a uma distância de aproximadamente 5 quilômetros da costa”, afirmou ele.
Segundo o diretor presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, tratam-se de golfinhos pintado do Atlântico (Stenella frontalis). A espécie habita o litoral brasileiro. São animais gregários e vivem em grupos de até 100 indivíduos, em zonas costeiras. Já para grupos oceânicos este número pode variar de centenas a milhares. “Por serem indivíduos sociáveis, eles interagem nadando e fazendo acrobacias próximas às embarcações, propiciando um espetáculo de rara beleza, o que tem despertado a atenção de turistas de observação”, declarou Hugo.
Ele faz um alerta ao encontrar um animal marinho, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado e também há uma legislação federal que determina os critérios de aproximação de embarcações.
A interação com humanos é uma das principais ameaças à espécie. As redes de pesca, o choque com as embarcações de pesca e de recreio e a ingestão de lixo domésticos (plásticos) são os fatores que mais causam acidentes levando à morte e à mutilação desses animais.
Caso aviste um animal marinho vivo debilitado ou morto, ligue no: 0800 642 3341 ou (whatsapp) 12 99705.6506.
O Instituto Argonauta é responsável pelo monitoramento em mais de 154 quilômetros de praias no litoral Norte e também realiza o monitoramento embarcado em toda a extensão da costa entre os municípios Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Fonte e foto: Instituto Argonauta